quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Soneto do Querer Sem Querer

Entidade feminina; fonte de inspiração ou desilusão?
Bênçãos ou decepções?
Musa de fado triste e enfadonho
Semblante pródigo de luxúria e malícia


Dona do querer dos outros,
Assassina dos meus dias de paz
A minha vontade, à ti coube a escolha,
E meu destino, tu sabes de cor.

lutar é inútil e impossível o será mais tarde,
Dada a minha condição de paralizado, extasiado, cativo;
Como consequência de teu veneno doce de serpente mansa.
E prostrado a ti estou, agora e para sempre; ingrata de meu amor e sorte.

Que tua sede sem controle a mate sufocada com o sangue extraído de corações inocentes,
E que perene sejam contra ti, as chamas que outrora usaste amiúde para do mundo fazer cinzas.


Saulo Oliveira