terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Desencontro


Sofro pela capacidade excepcional que tenho de me achar e paralelamente me perder no que acredito.
Angustia-me idealizar o que quero e querer o que idealizo.
O estado imutável de dúvidas no qual vivo enclausurado se configura num fatalismo indubitável, que me dá vida, mas que contraditoriamente me mata um pouco todos os dias.
Desespera-me o fato de que o remédio que me cura, por vezes se transfigura em pavoroso veneno que me tira a vitalidade e me lança ao abismo inóspito e de fundura sem fim.
Afinal, por que quero o que quero e não o que preciso?

Saulo Oliveira

6 comentários:

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  4. Somos românticos, nos guiando na vida pelo sentimento, e não pela razão. E é melhor que assim seja, senão teriamos a mesma concepção de filhos que os animais, perpetuação da espécie, não indivíduos singulares e únicos, que nunca mais tornarão a ser.

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  5. "por que quero o que quero e não o que preciso??"
    nem sempre somos como devemos ser/
    nem entendemos aquilo que deviamos entender...
    por que somos assim??
    eis a pergunta que não consigo responder....

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