Com o gosto ainda fresco do
beijo.
Com a história malsucedida
atravessada na garganta.
Seguindo, pela teimosia que
ainda impera. A vontade de sorrir. A dúvida. A descoberta.
Adiante, porque no dia seguinte
há paz.
À frente, pelo eventual encontro. Pela escolha
que chega a nós já escolhida e quase pronta.
Arriba, só pelo gosto da
mudança. Do rosto atrás do muro pichado e sujo. Dos olhos. Do gemido. Do não.
Perseguindo a parte simples. O
texto de poucas palavras. A estrela que mora na boca de alguém!
Os pés, agora descalços,
acostumados com a ponta fina das pedras.
O corpo que não prostra mais à
toa.
A parede do quarto, pintada,
que encobre as manchas.
O rosto se descobre
envelhecido.
A virilidade juvenil que dá
lugar ao comedimento.
A agressividade vencida pela sonolência.
Quase cansaço!
O triunfo, ainda que por um
minuto.
E lá na frente, bem à frente,
nós.
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