sábado, 4 de maio de 2013

...

Com o gosto ainda fresco do beijo.
Com a história malsucedida atravessada na garganta.
Seguindo, pela teimosia que ainda impera. A vontade de sorrir. A dúvida. A descoberta.
Adiante, porque no dia seguinte há paz.
 À frente, pelo eventual encontro. Pela escolha que chega a nós já escolhida e quase pronta.
Arriba, só pelo gosto da mudança. Do rosto atrás do muro pichado e sujo. Dos olhos. Do gemido. Do não.
Perseguindo a parte simples. O texto de poucas palavras. A estrela que mora na boca de alguém!
Os pés, agora descalços, acostumados com a ponta fina das pedras.
O corpo que não prostra mais à toa.
A parede do quarto, pintada, que encobre as manchas.
O rosto se descobre envelhecido.
A virilidade juvenil que dá lugar ao comedimento.
A agressividade vencida pela sonolência.
Quase cansaço!
O triunfo, ainda que por um minuto.
E lá na frente, bem à frente, nós.

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