quarta-feira, 21 de maio de 2014

Ainda que não queira mais saber de mim,
Do meu paradeiro, de como levo a vida.
Nem mesmo ouvir falar no meu nome.
Mas insisto!
É que nasci onde nada é fácil,
Onde nada nasce de maneira espontânea.
É preciso o uso da força, da vontade, e das paixões,
Que agora, classifico como amor.
No meu mundo de agora, considero o tempo com mais cuidado.
E a respiração, como o compasso do tempo que resta.
Do tempo que tenho para fazer.
Sinto o seu cheiro em acordes de sanfona.
Me vem a todo momento.
Às vezes, dissonante e louco,
Como um menino experimentando os primeiro sopapos de ansiedade no peito.
Outras vezes, te vejo como um velho,
Na altura da idade e maturescência,
já podre por fora, mas curtido de poesia por dentro.


Saulo Oliveira

Um comentário:

  1. Poesia por dentro, uma grande virtude de um ser...
    Belo texto.

    Abraço saudoso,
    C.

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